Pedaços de Outono 
por aí andam, à espreita. 
Devagar se insinuam 
como se da época não fossem.
Tímidos e serenos surgem em cada dia em que o Verão, 
esse eterno amante ardente, não vai, não se despede da terra. 
Inquieto este balanço entre a despedida e a vinda,
 instável esta passagem entre ardor e serenidade 
E o Outono, a romper, a tentar,
deixando pedaços de si para quem olha 
E o Verão que tarda na despedida 
a soltar aroma a desejo, 
a envolver o espaço em pó de calor
em nuvens de sonho. 
E eu, um pouco perdida 
no equilíbrio de aceitar 
a ida de um 
 
 
Sem comentários:
Enviar um comentário