segunda-feira, maio 15

Colateral Beauty - Beleza Colateral


Tão divino, quanto simples este filme.

Amor, Tempo e Morte. Aquilo que nos une como seres humanos. "Todos desejamos ser amados, todos queremos ter mais tempo e tememos a morte". Nada mais certo. Um filme que nos deixa a pensar em como escondemos o nosso sofrimento e nos defendemos da tristeza. De como evitamos olhar o olhar perdido de alguém, ou ouvir as suas inquietações. De como nos movemos para longe e nos escapamos ao que nos faz sofrer. De como somos capazes de viver sem viver.

E depois, numa incrível simplicidade, um filme que nos deixa a pensar que o que acontece no sofrimento é também uma fuga à "beleza colateral" do sofrimento. Como pode haver beleza na morte, ou na falta de tempo para o que sonhamos ou na ausência do sentimento de ser amado? Como pode existir beleza nas perdas, nas desilusões, na frustração?

Fabulosa a maneira como nos leva a descobrir esta verdade que esquecemos sempre. A beleza colateral da perda, a descoberta de que a "cura" se faz tratando do sofrimento e o caminho se faz descobrindo que há um ganho ali à nossa espera, só à espera de ser descoberto. Quanta beleza nos escapa quando fugimos ao sofrimento...

A saudade da morte que tráz a beleza de recordar e de dar espaço a novas ligações; a beleza da perda que trás espaço para novas aprendizagens; a beleza da desilusão que nos deixa espaço para procurar novos sonhos e a experiência - das perdas, do desamor e da falta de tempo - a beleza de estarmos ligados aos outros e podermos continuar. 

A ver. As vezes que forem necessárias.


quarta-feira, fevereiro 1

TEMPO



Não há prisão para ti. 
Com um dom de magia te escapas entre traços que marcam o ritmo,
Te esfumas entre batidas de coração,
Desaguas entre as somas de tempo que só sabe diminuir.
E, em cada avanço, marcas o ritmo sem retorno; fechas imagens no coração, embalas odores, adornas palavras e deixas nas minhas mãos histórias
Queria guardar-te no infinito do que foi bom e deixar sair apenas o que magoa.
Mas contigo não é possível.
Tenho de ir, tal como vais !


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