Custa caminhar sem ouvir a tua voz.
Custa deixar a pergunta no ar e escutar fundo a tua sabedoria
Custa olhar o espaço sem forma presente e sentir a brisa do tempo a empurrar-me.
Custa não encontrar o ninho onde pousar a minha cabeça e tentar respirar fundo a tua presença.
De alguma forma nos perdemos quando perdemos alguém.
E depois, caminhamos incertos, na dúvida de uma lembrança eterna ou de um desejo imenso.
Há umas noites acordei de mão dada com o espaço entre mim e o lençol. Na minha mão guardei, todo o dia, a sensação do teu carinho, da tua presença.
E se a serenidade dessa crença me envolve e de me devolve à vida, custa muito não ouvir a tua voz.
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