Sinto:
Que ainda há uns dias me tentava despedir do Verão.
Que o calor tardava em ir deixando por aí o sentimento paradoxal de estranheza e agrado.
Que me custava ganhar velocidade e dizer "até depois" ao morno dos dias.
Sinto que:
Num ápice, a manhã fria gera bafo no ar,
há folhas revoltas no vento e no chão,
a cidade ilumina-se mais cedo,
o regresso a casa é quase escuro.
Hoje dei conta que é S. Martinho e Novembro corre.
Num repente... descobri que há castanhas, aromas de Outono e ritos de vida imutáveis.
E fiquei assim... percebendo que ainda nem dei conta das romãs, dos dióspiros, das tangerinas,
do chá e dos scones,
das mantas e cachecóis,
A sentir que este regresso me faz sentir como que na ponta de um elástico
que ora puxa, ora larga disparando-me.
E que, acima de tudo, não há tempo para ter um pouco de Outono!
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