domingo, janeiro 17

Como nos encontramos?

Fazemos silêncio, sentamo-nos no chão, cruzamos os braços e recolhemos a alma?
Deixamos voar o pensamento, soltamos os sonhos e vamos atrás do desejo?
Pomos um papel branco na mesa, pegamos na caneta e começamos a fazer uma lista?
Deitamo-nos de barriga para cima e de braços debaixo da nuca e deixamos passar as memórias ?
Sentamo-nos ao calor do fogo real ou eléctrico e conversamos com um amigo ?
Escrevemos, assim, para o espaço onde todos e ninguém nos lê ?
Revemos atitudes, pensamentos, criações, relações ?
Passeamos na praia ou num jardim e deixamos apenas que o vento sopre, a chuva caía ou o sol tente brilhar?


Como nos encontramos, quando nos sentimos perdidos?

3 comentários:

  1. esta é FB publicável, em minha opinião...

    ou demasiado íntima...pois não sei

    ultimamente sinto-me sem pontos de fuga...que são de encontro. acho que por isso é tão fácil adoecer. porque quando tudo corre bem, corre bem

    mas como nem sempre tudo, corre sempre bem...e corro com o mal para um depois...ele vem, antes que o chame! numa onda...que rebenta com estrondo, ou vem em espuma fininha

    outrora sabia bem, e sabia-me bem, perder-me e encontrar-me. ler nas ondas, e esperar pelo mar...sem medo

    e agora não, tão bem...

    o que será? não sei... (mais uma para o Não Sei)

    mas muitas vezes chego à conclusão, que pode ser errada, de que sentir-me perdida é uma ilusão, um capricho, um devaneio, na verdade, se pensar bem, o essencial está todo lá. parece que me perco, mas talvez seja porque, atarantada, procuro algo que não preciso...

    por isso, às vezes, nem sempre, correr com o mal para depois não é só um acto de evasão, negligência, avestruz, é também libertador, e um acto de coragem, de me desfazer de mal-estares caprichosos que valem pouco, muito pouco, e cuja solução me dá a ilusão de estar avançar para qualquer lado melhor...mas não passa disso mesmo, um divertimento de brincar comigo própria.

    tenho tudo o que preciso para me achar, para me acharem...

    mas nem tudo o que empurro para depois é para ir com o mar...as ondas trazem algumas coisas de volta...por vezes mais danificadas e, voltando ao início, estou escassa de pontos de encontro com essas mensagens em garrafas que eu própria enviei...e sei que outrora as abria com vigor, brilho e mais confiança do que agora.

    o que será?

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  2. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  3. Sim, o que será que consome as nossas ideias, os nossos dias, já que - como dizes e repito - tudo está lá, assim acertadinho nos dias e nas noites?

    Comigo é assim como que um sei lá de incerteza, insegurança do caminho, tristeza mesmo por não sentir que vou bem.

    exigência em demasia? Perfeccionismo? não vou nessa.

    Devaneios de ser inquieto é o que é... aquarianos... Diz que são imprevisíveis, instáveis... mas tão racionais que só pode dar em balanços.

    sem atirar aos astros este sentimento... há um consumo de energia vital que se vai fazendo no manter da vida acesa e talvez esteja aí a fuga; talvez esteja aí o desgaste de querer ser tão somente muito...

    E tem momentos assim... de espantar-espíritos e encontrar o trilho. pois, isso. momentos destes de como diz a Mafalda Veiga "esperar que a vida se acerte naquilo que prometeu..."

    um bj para ti... especial.

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